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Polícia Civil deflagra Fase Soledade da Operação Falsos Obreiros

Publicação:

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A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (24/10), através da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos (1ª DR/Deic) a Fase Soledade da Operação Falsos Obreiros. A ação é decorrente de investigações relacionadas a crimes de roubos majorados praticados contra empresas do segmento de construção civil ocorridos em Porto Alegre, no ano de 2023.

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Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em imóveis situados em Porto Alegre, Canoas e Alvorada.

Dois indivíduos, alvos da investigação, foram presos em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e posse de munições de uso restrito. Foram apreendidos uma pistola calibre 9mm, marca Bersa com 24 munições, uniformes reflexivos utilizados como traje nas ações criminosas, dois aparelhos celulares e um eletrodoméstico subtraído.

Segundo o Delegado de Polícia 

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João Paulo de Abreu, titular da 1ª DR/Deic, foi dada sequência nas investigações que iniciaram em 15/09/2023, na primeira fase da Operação, e que prosseguiram em sua segunda fase, em 04/10/2023. Na primeira ocasião, foram cumpridas medidas cautelares de busca e apreensão e de prisão, relacionadas a sete crimes de roubos majorados, ocorridos na capital gaúcha, no ano de 2023. Na segunda fase, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, além de dois mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão, incluindo o de um caminhão, utilizado em dois fatos distintos, ocorridos na zona sul de Porto Alegre, em 22/07/2023 e 12/08/2023, no mesmo canteiro de obras. Todos esses fatos já tiveram suas investigações concluídas e os respectivos inquéritos policiais foram encaminhados ao Poder Judiciário e ao Ministério Público.

Nesta nova fase, a investigação diz respeito a um crime ocorrido em 30/09/2023, na Avenida Soledade, no bairro Petrópolis, na capital. Naquela data, pelo menos dez pessoas participaram do delito, subjugando 18 colaboradores, que foram feitos reféns. Diversos bens foram subtraídos do local, incluindo alguns de uso pessoal das vítimas, como aparelhos celulares.

A investigação criminal contou com a colaboração da Delegacia de Capturas do Deic e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Canoas, que executaram prisões de alguns investigados.

Em todos os eventos criminosos, os indivíduos agiram com violência e emprego de arma de fogo, além de restringirem a liberdade das vítimas. O foco de atuação do grupo era a subtração de materiais de construção, fios de cobre, ferramentas, ares condicionados, televisores e outros eletrodomésticos que já estavam disponíveis nos grandes canteiros de obras na capital gaúcha e região metropolitana.

Os investigados, valendo-se de uniformes e de equipamentos de proteção individuais, ou seja, simulando serem funcionários da obra, com caminhões para fretes, adentravam os canteiros de obras e rendiam funcionários (pedreiros, engenheiros, técnicos de segurança, vigilantes). Alguns eram, inclusive, obrigados a carregar os materiais para os caminhões de frete, sob ameaças de morte e agressões.

Confirmou-se, inclusive, que pessoas que já figuraram como funcionários das obras concorreram para a prática criminosa, fornecendo informações à associação criminosa investigada.

A Polícia Civil ratifica o compromisso de buscar a responsabilização criminal de todos os indivíduos que praticaram fatos graves, como o em apreço, atingindo uma multiplicidade de vítimas.

Polícia Civil RS