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Caso Policial Laline: réu é condenado em Rio Grande

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. - Foto: Juliano Verardi - DICOM/TJRS

O Tribunal do Júri de Rio Grande condenou o réu Anderson Fernandes Lemos a 82 anos e 10 meses de reclusão por seis tentativas de homicídio qualificado contra agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, durante operação realizada em 2022. Entre os atingidos, estava a policial Laline Almeida Larratéa, ferida com um tiro na cabeça. O julgamento, que se estendeu por 16 horas, foi concluído na madrugada desta quarta-feira (16/10), com a sentença proferida pelo juiz Bruno Barcellos de Almeida.

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. - Foto: Juliano Verardi - DICOM/TJRS

O Conselho de Sentença condenou o réu por tentativas de homicídio qualificadas, já que os crimes foram cometidos contra agentes de segurança no exercício de suas funções. Além da pena de prisão, o réu foi condenado a pagar indenizações: R$ 100 mil para Laline e R$ 20 mil para cada uma das outras vítimas. Durante a leitura da sentença, o juiz também determinou a expedição de um mandado de prisão contra o réu. A decisão ainda cabe recurso.

Laline, que prestou depoimento por videoconferência, relatou as graves consequências do ferimento. Ela passou por cirurgias e enfrenta sequelas como perda de memória recente e dificuldade em expressar emoções, o que impacta sua vida pessoal e profissional. As demais vítimas também foram ouvidas ao longo do julgamento, detalhando os eventos do dia da operação.

Durante o interrogatório, o réu alegou que agiu em legítima defesa, acreditando que os policiais fossem membros de uma organização criminosa que o perseguia. O réu estava em prisão domiciliar no momento do crime, usando tornozeleira eletrônica por condenações anteriores.

Nos debates, o Ministério Público sustentou a acusação com provas que incluíam conversas telefônicas entre o réu e traficantes da região. A Promotoria enfatizou as graves consequências para a vida de Laline, destacando sua perda de memória e mudança no comportamento com a filha, e pediu a condenação do réu pelas seis tentativas de homicídio.

A defesa buscou desclassificar o crime relacionado a Laline para lesão corporal grave e a absolvição nas demais acusações. Argumentaram que o réu cessou os disparos ao reconhecer a voz de um dos policiais e que sua casa estava sendo alvo de ataques. No entanto, o Conselho de Sentença acatou a versão da acusação e condenou o réu.

O julgamento do caso de Laline é um marco importante para a Segurança Pública, especialmente por se tratar de um crime que abalou profundamente a comunidade policial. A condenação do réu destaca o compromisso da Justiça em punir crimes contra servidores que arriscam suas vidas diariamente pela segurança da população gaúcha.

Com informações do TJRS.

Polícia Civil RS