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Polícia Civil deflagra Operação Primeiro de Abril em Porto Alegre

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Nesta quarta-feira (26/06), a Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia de Repressão ao Roubo de Veículos (DRV/Deic), deflagrou a Operação Primeiro de Abril, com o objetivo de cumprir um mandado de busca e apreensão contra suspeito de ter praticado uma fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro. O fato que originou a medida cautelar foi o suposto roubo de veículo, ocorrido no dia 01/04/2024, no bairro Vila Nova, em Porto Alegre, sendo a suposta vítima do roubo, na realidade, o autor do estelionato contra a seguradora. Um homem foi preso e uma arma de fogo foi apreendida.

Imediatamente após o fato, os policiais iniciaram as diligências de investigação preliminar, ocasião em que foi possível coletar depoimento informal da “vítima” e imagens do suposto local em que havia ocorrido o roubo. Posteriormente, foi realizada a coleta formal do depoimento da “vítima”, oportunidade em que foram narradas as circunstâncias em que se deu o roubo, com todos os detalhes sobre o trajeto realizado pela vítima, desde o momento em que saiu da sua residência, até o momento em que chegou ao posto de gasolina, próximo de onde ele alegou ter sido roubado.

Diante de tal confirmação, verifica-se que a suposta vítima é, na realidade, autor de estelionato contra a seguradora, modalidade específica e muito comum no cenário de furto e roubo de veículos, razão pela qual, representou-se pelo mandado de busca e apreensão no imóvel para fins de coleta de outros meios de prova que confirmem a prática fraudulenta e também o real destino desse veículo. Assim, foi realizada a prisão do indivíduo, junto com a apreensão de uma arma de fogo.

Segundo o Diretor de Investigações do Deic, Delegado Eibert Moreira Neto, em análise criminal é muito comum durante o tratamento dos dados avaliar as hipóteses de subnotificação de determinado crime. No caso específico de roubo de veículo é possível afirmar que, em vez de haver subnotificação, existem falsas notificações com a finalidade específica de fraudar seguros, o que provoca uma falsa elevação nos indicadores criminais. A prática do chamado “golpe do seguro” é frequente, inclusive, sendo executada com a participação de grupos criminosos atuantes em todo o território nacional por meio de receptações e posterior venda irregular de peças no mercado informal/paralelo. Tal prática prejudica não só as seguradoras de veículos, como também onera toda a cadeia de relações comerciais, encarecendo os valores dos seguros, bem como acionando o já sobrecarregado sistema de Justiça.

Polícia Civil RS