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Terceira fase da Operação La Lumière é realizada em Porto Alegre

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Ação contou com apoio de peritos do IGP, - Foto: PCRS

Foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (26/5) a terceira fase da Operação La Lumière com o objetivo de apurar exploração sexual infantojuvenil. Coordenada pela Delegada de Polícia Camila Franco Defaveri, da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente de Porto Alegre, a ação cumpriu mandado de busca e apreensão e de prisão preventiva contra uma mulher de 25 anos de idade, residente em Porto Alegre, mãe de uma menina vítima de abusos sexuais desde que era um bebê de poucos meses de idade, hoje a criança tem de 1 ano e oito meses.

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De acordo com a extração das conversas dos investigados, foi verificado que a acusada contava com apoio e suporte de sua mãe para o cometimento dos crimes. A mãe da investigada, além de ter ciência dos fatos, também participava, beneficiando-se economicamente da exploração sexual de sua neta. A criança foi encaminhada para perícia psíquica e verificação de violência sexual no CRAI-IGP por equipes do Conselho Tutelar.

A operação teve a participação de cinco policiais civis e contou com o apoio das equipes do Instituto Geral de Perícias – Divisão de Informática e Divisão de Genética Forense, do CRAI - Centro de Referência em Atendimento Infanto-juvenil e de equipes do Conselho Tutelar.
 
Fases anteriores

A Operação La Lumière teve início a partir de indícios de que três crianças, todas irmãs, com 8, 11 e 12 anos, estariam sendo submetidas aos crimes de exploração sexual, prostituição, estupro e derivados do crime de pornografia infantil.
 
Na primeira fase da operação, foram realizadas buscas nas residências do investigado, tanto em sua residência principal, como também, em seu apartamento à beira mar, na cidade de Imbé. No local, foram apreendidos diversos instrumentos sexuais, localizados medicamentos calmantes de venda controlada, possíveis dopantes, como outros acessórios já denotando sua preferência sexual por crianças. Na ocasião, foram localizados aparelhos celulares e notebooks com o histórico de todas as conversas com a mãe das menores.

Atualmente, o investigado e a investigada encontram-se presos, preventivamente, diante da gravidade das condutas praticadas. Naquela ocasião, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão com equipes do Instituto-Geral de Perícias na residência da mãe de três meninas e no local de trabalho da investigada, onde foram apreendidos eletrônicos, celulares e computadores.

Com a extração realizada pela equipe de Informática do IGP, foram localizadas diversas conversas entre os investigados negociando os encontros. A apreensão dos aparelhos do investigado também confirmou que se tratava de um criminoso contumaz, que buscava conhecer mulheres em ONGs e instituições de amparo. Além disso, ele também se valia de sites de prostituição para conhecer outras pessoas, sempre do sexo feminino, com filhos menores, onde opta por convidá-las para participação de encontros “familiares”.

Já a segunda fase da operação foi realizada no dia 17 de maio em locais de cumprimento das prisões preventivas e dos mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Alvorada e Cachoeirinha. Os policiais realizaram buscas nas residências de duas mulheres. Uma delas, de 26 anos, era residente em Cachoeirinha, estudante da faculdade de medicina veterinária e digital influencer, com filha de 6 anos de idade. A outra, de 23 anos, era residente de Alvorada, garota de programa, aluna do curso técnico de enfermagem do hospital Conceição, genitora de duas meninas, vítimas de abusos, uma de 1 anos e outra de 3 anos e meio. Ambas foram presas preventivamente.

Também foi cumprido mandado de busca e apreensão na empresa do investigado com o intuito de colher elementos que apontem pela prática delituosa, uma vez que ambas as investigadas já prestaram serviços em sua empresa.

Polícia Civil RS