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Polícia Civil prende líder de organização criminosa gaúcha no Paraguai

Ação contou com apoio da Polícia Federal e da Polícia Paraguaia

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Coletiva de Imprensa iniciou momentos após a chegada do preso no Estado. - Foto: Carlos Vogt - Polícia Civil

Líder de facção gaúcha que estava foragido da Justiça há 5 anos, Leonardo Silva de Souza, 25 anos, conhecido como “Nego Leo”, foi preso na manhã da quarta-feira (11) na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, fronteira do Paraguai com a cidade brasileira de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. A ação, realizada por policiais da 5ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (5ª DPHPP), de Porto Alegre, mobilizou agentes da Secretaria Nacional Antidrogas do país vizinho (Senad) e da Polícia Federal.

A equipe da 5ª DPHPP, coordenada pelo delegado Gabriel Lourenço, chegou à cidade paraguaia na última segunda-feira (09), contudo a investigação para localizar o foragido se desenvolvia há meses. Num trabalho de inteligência e integração entre as forças de segurança, a operação para a captura de Nego Leo teve início depois que a Polícia gaúcha confirmou a informação de que o foragido estaria vivendo no país vizinho. O criminoso foi surpreendido, quando ainda dormia, em um apartamento num condomínio fechado. Com o preso, foram apreendidos celulares, que terão o conteúdo submetido à perícia.

Nego Leo, considerado o braço direito de “Nego Jackson” (chefe de uma das mais violentas facções gaúchas que tem origem na Vila Jardim, em Porto Alegre, e que está recolhido no sistema prisional) era o único da escala hierárquica da organização criminosa que ainda estava solto. Foragido desde 2016, ele tem antecedentes por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídio. O grupo ilegal do qual Nego Leo faz parte teria ligações com outra facção criminosa, de amplitude nacional e que atua principalmente em São Paulo, dentro e fora dos presídios.

Escondido no Paraguai, o criminoso seguia dando ordens, inclusive para matar integrantes de outras facções. Conforme explica o delegado Gabriel Lourenço, Nego Leo seria responsável pelo envio de drogas e armas para o Brasil do país vizinho. Além disso, ele também seria o responsável pelo gerenciamento das finanças da facção.

Após a prisão, as autoridades paraguaias determinaram a expulsão de Nego Leo do país. O capturado chegou ao Rio Grande do Sul no meio da tarde desta quinta-feira (12), sob escolta em um voo comercial para Porto Alegre.

Durante coletiva de imprensa realizada no auditório do Palácio da Polícia, na Capital, a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Vanessa Pitrez, destacou que essa é uma prisão de grande relevância. "Mesmo de fora do Brasil, ele tinha o domínio gerencial dessa organização da qual era o segundo no comando e atuava na distribuição de dinheiro, armas e drogas, inclusive com tráfico internacional. Esse tipo de prisão, que ataca diretamente as lideranças, quebra o crime organizado e é fundamental na redução dos índices criminais, principalmente em delitos como os de homicídio", considera.

A Chefe de Polícia, delegada Nadine, enfatizou a importância do trabalho realizado pela Polícia Civil para a segurança pública do Estado, que prendeu no Paraguai um foragido que comandava o tráfico de drogas no Rio Grande do Sul, sendo, também,  responsável por dois homicídios, no ano de 2016, dentro da própria organização.  

O Vice-governador e Secretário de Segurança Pública do RS, Ranolfo Vieira Júnior, participou de maneira remota da coletiva de imprensa, e parabenizou a Polícia Civil pela prisão de um dos líderes de uma organização criminosa de grande atuação no nosso Estado. "Ações dessa natureza nos fazem ter orgulho da segurança publica", pontuou.  

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