Operação Segredo de Alcova 2 combate crimes de extorsão na capital e Região Metropolitana
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        Na manhã desta sexta-feira (31/10), a Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos (DRCPE/DERCC), deflagrou a segunda fase da operação "Segredo de Alcova", visando desarticular associação criminosa que extorquia frequentadores de motéis na capital e Região Metropolitana.
No total, oito indivíduos foram presos preventivamente pelas extorsões em Eldorado do Sul, São Leopoldo e Charqueadas.
O esquema
A prática criminosa de extorsão era liderada por indivíduos recolhidos no sistema prisional. Outros integrantes do grupo eram responsáveis por vigiar e fotografar os veículos dos clientes na entrada e saída dos motéis da região.
De posse dessas imagens, os criminosos utilizavam técnicas de engenharia social e aplicativos para obter dados pessoais das vítimas, como nomes completos, números de telefone e informações sobre seus familiares.
 
                    
 Em um segundo momento, os criminosos passavam-se por detetives particulares, alegando terem sido contratados pelos respectivos cônjuges para investigar uma suposta traição e ameaçavam expor o material fotográfico aos familiares. Para garantir o silêncio, exigiam pagamentos via Pix de até R$ 15.000,00 por vítima.
Estrutura do Grupo
A apuração da DPRCPE/DERCC identificou uma clara divisão de tarefas entre os membros do grupo, conectando operadores externos a um núcleo de criminosos violentos, presos em diferentes unidades prisionais na cidade de Charqueadas.
A coordenação técnica era executada por um detento de 32 anos, recluso em Charqueadas desde 2016. O investigado possui uma extensa ficha criminal, com passagens por extorsão, estelionato, homicídio doloso, roubo de veículo e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Em outra unidade prisional de Charqueadas, a investigação identificou um núcleo que operava a partir de uma única cela. Três detentos atuavam em conjunto na execução das extorsões. Um deles possui antecedentes por roubo de veículo, homicídio doloso, estelionato e tráfico de entorpecentes. Outro acumula passagens por homicídio doloso, roubo, extorsão e organização criminosa. Por fim, o terceiro integrante possui antecedentes por roubo de veículo e porte ilegal de arma, além de atos infracionais na adolescência por homicídio e tráfico.
 Com a deflagração da operação, a Polícia Civil ratifica o compromisso de desenvolver investigações criminais qualificadas, notadamente aquelas em que haja indícios de atuação de organizações ou associações criminosas organizadas, objetivando a máxima responsabilização criminal de todos os envolvidos, de modo a reprimir à altura a prática delitiva.
 
             
             
                                             
                                             
                                            