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Dez pessoas são presas durante Operação Rescaldo

Grupo criminoso especializado em roubo de carga de cigarro foi alvo da operação

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Roubo e furto de Cargas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DRFC/Deic), deflagrou na manhã desta quarta-feira (15) a Operação Rescaldo, nas cidades de Cachoeirinha, Viamão e São Leopoldo. O objetivo é combater uma associação criminosa, especializada em roubo de carga de cigarro, suspeita de praticar pelo menos 17 crimes desta natureza.

Dez pessoas foram presas. Foram cumpridas 29 ordens judiciais, dentre mandados de busca e apreensão. Após a deflagração da Operação Mellarius e análise dos telefones apreendidos, foi possível identificar outros membros de uma organização criminosa, bem como individualizar condutas de alguns indivíduos nos diversos roubos de carga de cigarro ocorridos nos anos de 2023 e 2024.

A Operação Rescaldo se origina de provas obtidas através da análise telemática de um dos principais alvos da Operação Mellarius que comprovou a atuação de uma organização criminosa especializada no roubo de carga de cigarro, tendo sido investigada pelo cometimento de pelo menos 17 roubos apenas no ano de 2023.

“Através da referida análise foi possível constatar a participação de outros indivíduos até então não identificados, bem como revelar detalhes da atuação da quadrilha, formas de ocultação de bens em nome de terceiros, compra de bens móveis e imóveis oriundos de dinheiro ilícito, quem eram os receptadores da carga roubada, quanto cada integrante recebia pela participação na ação delituosa, entre outros elementos indispensáveis para o deslinde das investigações”, esclareceu a Delegada Isadora Galian.

Também foi apurado que a irmã do líder do grupo desempenhava papel central, gerenciando o pagamento dos integrantes, o controle dos bens adquiridos através da venda da carga roubada, além de fornecer veículos para a prática do crime.

O que chamou a atenção da Polícia Civil é que a investigada trabalhou anos em um grupo de gerenciamento de risco que prestava serviços para as empresas de cigarros vítimas, obtendo informações privilegiadas sobre a atuação da cadeia de segurança. Foi representada pela prisão preventiva de todos os investigados, por todo arcabouço probatório obtido através da análise telemática de dados. “As organizações criminosas se utilizam do roubo de cargas, a fim de ter uma rápida capitalização para comprar armas e disputar novos pontos de venda de droga, fato ratificado pelos antecedentes policiais dos alvos da operação policial”, destacou a Delegada Isadora.

Os donos de estabelecimentos comerciais têm se associado, nas suas mais variadas formas (encomendando roubos, além de prestar auxílio material para os crimes), e estão na mira da DRFC/Deic, os quais também serão investigados por receptação e lavagem de dinheiro. A maioria dos alvos da ação possui extensa ficha criminal.

 

Polícia Civil RS