A Dema realizou 16 prisões em flagrante e 175 inquéritos já foram remetidos à Justiça este ano

A Polícia Civil conta, desde 29 de novembro do ano passado, com a Delegacia de Polícia de Proteção ao Meio Ambiente (DEMA). Desde a sua instalação, a DEMA, coordenada pela delegada Elisangela Melo Reghelin, já contabilizou 58 Inquéritos Policiais instaurados por crimes contra a fauna, 95 por crimes contra a flora, 73 por crimes de poluição e 19 contra a Administração Ambiental. Segundo a delegada Elisangela foram remetidos, somente este ano, 175 inquéritos à Justiça. Dos quais são 48 contra a fauna, 60 contra a flora, 57 por crimes de poluição, 10 contra a Administração Ambiental.

Segundo a delegada Elisangela, graças ao atendimento especializado da Delegacia mais denúncias chegam à Polícia. A investigação diferenciada tem trazido bons resultados desde a primeira missão confiada à DEMA, quando em novembro de 2010 houve grande mortandade de peixes. "Ao avistar a tragédia, a única vontade era de chorar... chorar pela incoerência humana," - relata a delegada. "A responsabilidade, no entanto, pesou-me sobre os ombros e o trabalho estava oficialmente iniciado. Sem mais ilusões, vestimo-nos todos os dias com nossos novos equipamentos (perneiras, macacões, luvas e máscaras) e vamos em direção a novos lugares onde o ser humano, infelizmente, passou e destruiu", diz a delegada.
A excelência do trabalho feito pelos policiais da DEMA também é resultado de uma conjugação de esforços, especialmente com o Ministério Público (MP) Estadual, com grande apoio da Brigada Militar (BM), da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) além da parceria de Secretarias Municipais de Meio Ambiente, em trabalhos diversos, conforme as peculiaridades de cada caso. A parceria com o Instituto Geral de Perícias (IGP), com seus competentes peritos especializados que produzem trabalhos de altíssima qualidade, é para a delegada Elisângela de suma importância para a delegacia. De acordo com ela, uma Força Tarefa do MP vem priorizando ações fortes que podem ser acompanhadas pelas já 16 prisões em flagrante (todas homologadas pelo Poder Judiciário) por crimes ambientais, inclusive omissivos (quando crimes permanentes) de responsáveis técnicos e de gestores públicos, dada à gravidade das situações.

Para a delegada "isto apenas revela o trabalho que vem sendo feito pela Polícia Civil gaúcha em termos de repressão à criminalidade ambiental, seja pela DEMA, Delegacia Especializada, seja pelas Distritais ou mesmo Regionais, já que este tema é de atribuição e responsabilidade de todos". De acordo com ela, a DEMA é uma aliada a mais, cujo objetivo é trabalhar prioritariamente naqueles casos complexos, quando a DP local não terá condições técnicas especializadas para enfrentar esta problemática.

Ela explica que a sociedade pode e deve colaborar fazendo suas "denúncias", de modo mais completo possível já que são priorizados os casos em que se tem maior riqueza de informações: fone 181 (Disque-Denúncia) ou pelo site www. policiacivil.rs.gov.br.

Fonte: Delegacia de Polícia de Proteção ao Meio Ambiente
Cecy Raicik
Reg. Prof. 6211